Novo imposto sobre LCI e LCA: imposto de 5% é mais um passo no ciclo interminável da arrecadação

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo pretende aplicar uma alíquota de 5% de Imposto de Renda sobre os rendimentos de LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio). A proposta, que já foi enviada ao Congresso, escancara mais uma vez aquilo que investidores lúcidos já entenderam há muito tempo: o governo nunca vai parar de criar novos impostos — e nunca vai ser o suficiente.

O ciclo é sempre o mesmo

Quando o governo precisa de dinheiro, ele não corta gastos, não elimina privilégios, não reduz a máquina — ele cria mais impostos. Quando isso não basta, cria outro. E mais outro. E mais outro. E quando já taxou salários, consumo, herança, patrimônio, lucro, dividendos, energia, combustível, transporte e até morte, ele parte para os nichos onde ainda há algum fôlego: o pequeno investidor doméstico.

O novo imposto sobre LCI e LCA é só mais um capítulo dessa narrativa. Não porque esses produtos sejam bons — muito pelo contrário. Eles são, na prática, uma ilusão vendida ao brasileiro comum, que acredita estar investindo com segurança e inteligência, quando na verdade está apenas emprestando dinheiro a um dos sistemas financeiros mais estatizado, distorcido ineficiente do planeta. Atualmente (09/06/2025), segundo o site https://impostometro.com.br/, o Brasil ja arrecadou 1,75 trilhões de reais e, segundo o governo, isso não é o bastante, ele é insaciável.

LCI e LCA: investimentos ruins, mesmo antes do imposto

Novo imposto sobre LCI e LCA

Quem entende minimamente de alocação de capital já abandonou o Brasil faz tempo — pelo menos do ponto de vista patrimonial. Não faz sentido investir em ativos atrelados à moeda de um país quebrado, corrupto, instável e hostil ao próprio poupador. LCI e LCA são ruins não por causa do novo imposto, mas porque já nascem dentro de um ambiente tóxico, onde o Estado dita as regras, altera contratos, tributa retroativamente e inventa “justiça fiscal” para justificar sua ineficiência. No Brasil as pessoas tem muita dificuldade de identificar bons investimentos devido a políticas distorcidas de investimentos, como explicamos no nosso artigo sobre certificação CFG Anbima https://economistapro.com/certificacao-cfg-anbima-nao-serve-investidor/.

O investidor brasileiro é a presa ideal

O brasileiro médio — deseducado financeiramente e doutrinado a confiar no sistema — é a presa perfeita. A cada novo aperto no caixa do governo, surgem mais medidas “temporárias” que viram “permanentes”, mais exceções que viram regra, e mais “pequenas alíquotas” que viram confisco completo. Tudo embalado em linguagem técnica, com promessa de “progressividade”, “justiça social” e “ajuste fiscal responsável”.

Na prática, é sempre a mesma coisa: o governo está quebrado, e vai cavar no seu bolso até o fundo. E quando acabar, ele cava mais um pouco.

O destino é inevitável: a morte do capital nacional

Todo capital inteligente já entendeu: o Brasil não é um país investível a longo prazo. O sistema político é viciado em gasto, o sistema tributário é disfuncional, e a própria estrutura institucional recompensa a mediocridade e pune quem acumula, empreende ou tenta preservar valor.

Essa nova taxação sobre LCI e LCA é irrelevante em si — mas é sintomática. Ela mostra que não existe mais “porto seguro” dentro do país. Nem poupança, nem fundo imobiliário, nem renda fixa, nem crédito incentivado. O alvo é você — seu patrimônio, sua reserva, seu esforço. E não importa onde esteja, ele será visado.

Conclusão

O investidor que ainda busca oportunidades dentro do Brasil está travando a guerra errada, no terreno errado, contra um inimigo que não joga com regras fixas. O Estado brasileiro é um organismo faminto que jamais se satisfaz. Se hoje é 5% sobre LCI, amanhã será 10% sobre fundos, depois 20% sobre dividendos, até que reste apenas o capital estatal — ineficiente, viciado e podre.

A única estratégia racional é proteger-se, internacionalizar-se e nunca mais confiar nesse sistema. Porque a única coisa previsível aqui é o próximo imposto.

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